Doença crónica versus aguda, como enfrentar

Eu tenho Ehlers-danlos, uma característica genética e portanto crónica que tem uma panóplia de efeitos secundários debilitantes, como fadiga crónica, dor constante, tendência para desmaios, e acreditem mil coisas que não se desejam a ninguém.

Uma vez passei umas mini-férias com uma amiga que estava a lutar contra um cancro, portanto uma das piores doenças agudas que se podem enfrentar. Ela saiu vitoriosa, por isso estamos bem.

Enquanto viajávamos, ela ía-me contando as suas estratégias emocionais para lidar com o que estava a passar: eu sou forte, o meu sistema imunitário é forte, nós vamos conseguir superar esta invasão, os meus glóbulos brancos são guerreiros poderosos.

Entretanto, eu ía explicando, e chocando-a, com a estratégia emocional para lidar com um problema crónico. Spoiler alert, é o oposto! Eu sou forte, eu consigo encontrar qualidade de vida apesar deste problema, eu aceito os dias de descanso como dias normais da minha vida e eu os disfruto, eu não vou superar este problema abraçando-o e aceitando-o como parte integrante de mim.

Opostos fundamentais.